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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

REFLETINDO SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM




REFLETINDO SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM[i]

1 Avaliação da Aprendizagem
Fundamentada nas legislações educacionais vigentes e em estudos contemporâneos a concepção de avaliação aqui apresentada baseia-se na perspectiva de um currículo histórico-crítico. Logo, a avaliação da aprendizagem permeia todo o caminho pedagógico de apreensão dos novos conhecimentos, tomando como referência a prática social do estudante, devendo ser compreendida em três dimensões: avaliação inicial, avaliação processual e avaliação de resultado.
Nesse sentido, a avaliação é inerente ao método de ensino, pois está presente em todos os momentos do trabalho pedagógico como foco na apreensão dos saberes na descrição curricular para a etapa de ensino.
Os instrumentos avaliativos (Provas, Seminários, Trabalhos em grupos...) devem verificar o quê, o quanto e a qualidade das aprendizagens, saberes e domínios efetivados em processos pedagógicos.
1.1  Avaliação Inicial
Todo processo de desenvolvimento da atividade docente parte da prática social do estudante. Assim, o/a professor/a deve iniciar sua ação fazendo um levantamento da realidade em que estão inseridos, possibilitando um ambiente de estudo escolar que tenha foco no conhecimento como elemento fundamental de sua formação intelectual e social.
A avaliação inicial fornece informações aos professores sobre o desempenho dos estudantes que com base nesse diagnóstico, terão subsídios suficientes para intervir e tomar decisões no que se refere ao planejamento pedagógico, pois, segundo Luckesi (2003), o ato de avaliar implica em dois processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir.
Faz parte do processo de ensinar e aprender. Sugere-se aqui, porém, que haja sempre um momento no ano letivo, logo nas primeiras semanas de aula, destinado ao diagnóstico das aprendizagens anteriores, objetivando conhecer as condições de aprendizagem dos estudantes, com vistas à elaboração do plano de ensino anual.
1.2  Avaliação Processual
A avaliação deve ser entendida como processo que identifica os avanços no desenvolvimento do processo de construção da aprendizagem dos estudantes, determinando a retomada ou a continuidade do ensino. Segundo Hoffmann (2001), nessa perspectiva, pode-se pensar na avaliação como mediadora de um processo permanente de troca de mensagens e significados, como parte do processo de interação dialética, do espaço de encontro e do confronto de ideias entre o professor/a e o estudante, em busca de patamares qualitativamente superiores de conhecimentos.
A avaliação processual é formativa, possibilita ao/à professor/a acompanhamento dos avanços e das dificuldades dos estudantes ao longo do processo.
Nessa dimensão, a avaliação permite que as intervenções pedagógicas sejam promovidas no tempo em que as dificuldades ocorrem e, por isso, evita resultados indesejados.
Essa mediação do/a professor/a possibilitará a ambos a apreensão do que cada um tem a comunicar ao outro. Quando isso acontece, realiza-se um momento de avaliação, que se relaciona com a etapa da instrumentalização do método, em que o/a professor/a sente a realização positiva ou o momento crítico do seu ensino.
De acordo com o pensamento de Gasparin (2007), a instrumentalização propicia um confronto essencial no processo de ensino e aprendizagem entre os estudantes e o objeto da sua aprendizagem, por meio da mediação do educador.
1.3  Avaliação de Resultados
Finalmente, o/a professor/a realiza sua avaliação a partir do trabalho desenvolvido com os estudantes e estes avaliarão em que medida o conteúdo teórico se transformará em aço após ser trabalhado. Este é o momento da prática social final, ou seja, é o momento da avaliação na prática, em consonância com a síntese do método didático.
Nesse sentido, a prática social se efetiva quando há mudança de comportamento do estudante, ou seja, quando o mesmo se posiciona diante das problemáticas cotidianas, intervindo positivamente na solução destes (GASPARIN, 2007).
2 Critérios de Avaliação
O/a professor/a deve, ao planejar o processo avaliativo, orientar-se por critérios de avaliação que norteiem as aprendizagens essenciais e as competências básicas que o estudante precisa ter desenvolvido ao final de uma etapa ou ano, almejando prosseguir nos seus estudos. Os critérios de avaliação são estabelecidos tendo como base as competências e habilidades a serem desenvolvidas e consolidadas no Ensino Fundamental ou Ensino Médio, propostos para cada área de conhecimento, assim como as aprendizagens esperadas constantes das matrizes de cada componente curricular. No entanto, os critérios de avaliação não devem confundir-se com essas competências e habilidades.
É importante que a definição desses critérios seja refletida coletivamente pelos professores, supervisores e gestores da escola, considerando a realidade de cada sala de aula, uma vez que são relevantes, no momento de planejar as experiências de aprendizagem e as atividades avaliativas.
Nessa premissa, definir critérios significa ter parâmetros democráticos de apreciação sobre o desempenho dos estudantes, que pode ser expresso sob a forma de habilidades ou saberes essenciais imprescindíveis para o prosseguimento em etapas posteriores. Critérios estes, que devem ser previamente estabelecidos pela equipe pedagógica e apresentados aos estudantes.






[i] Texto extraído do Caderno de Orientações Pedagógicas: Avaliação da Aprendizagem – Estado do Maranhão “ESCOLA DÍGNA” – Secretaria de Educação.

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