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Este blog tem por objetivo mostrar meu trabalho em sala de aula, trocar experiências com professores e alunos e receber sugestões metodológicas, exemplos de projetos pedagógicos, etc.

terça-feira, 10 de junho de 2014



Caixa de texto: PLANEJAMENTO
1 O Que é? Planejar é projetar algo para o futuro. Planejar também é estudar, organizar, coordenar ações a serem tomadas para a realização de uma atividade visando solucionar um problema ou alcançar um objetivo. O planejamento é um guia de orientação que auxilia na concretização daquilo que se almeja.

PLANEJAMENTO
Professora Ms. Mara José Bandão Ramos
Gerência de Planejamento, Ensino e Avaliação
Secretaria Municipal de Educação de Tutóia
majbr.zeze@gmail.com


NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Planejamento do sistema educacional – É o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes políticas educacionais. Enfrenta os problemas de atendimento à demanda, alocação e gerenciamento de recursos, etc.
Planejamento da escola – É a proposta pedagógica da escola; ou o Projeto Político-Pedagógico da Escola. Alguns autores chamam de Projeto Educativo. Envolve tanto a dimensão pedagógica quanto a comunitária e administrativa da escola. É o que Padilha (2005, p.73), chama de Planejamento Dialógico, porque ele é construído através de um diálogo entre a escola e a comunidade onde ela está inserida.
Planejamento curricular – É a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, incorporada nos diversos componentes curriculares. Tem como referência os seguintes elementos: fundamentos da disciplina (ou área de estudo), desafios pedagógicos, encaminhamento metodológico, proposta de conteúdos e processo de avaliação.
Planejamento dialógico e projeto político-pedagógico da escola – Planejamento socializado ascendente.  “Para viabilizar a transparência e a efetivação desse processo deve ser criado um sistema de comunicação entre os diversos níveis de planificação e de administração educacional, de forma que as consolidações de cada etapa sejam acompanhadas por todos os níveis” (PADILHA, p.74).
O papel de cada segmento na prática do planejamento escolar – A participação de todos os segmentos escolares e comunitários se refere às diferentes dimensões do trabalho escolar e comunitário, passando pelas decisões financeiras/orçamentárias (por exemplo, deliberando sobre o orçamento participativo), pedagógicas/curriculares (por exemplo, optando pelo regime de ciclos e do que chamamos de avaliação dialógica continuada), ou administrativas/de gestão (por exemplo, pela iniciativa da reorganização coletiva e democrática dos colegiados escolares). Os pais e os alunos podem participar na programação de atividades, na coordenação de eventos intra e extra-escolares e no estudo da realidade. O direito à participação dos alunos deve ser garantido, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. Dessa forma, também as associações, entidades comunitárias e ONGs devem participar desse processo dialógico de planejamento.
Construção coletiva do marco referencial – nesse momento é importante que se garanta a possibilidade do debate, a superação das contradições, dos equívocos, e que as equipes de trabalho consigam realizar sínteses objetivas com o resultado do foi discutido.
Plano de Curso – É o planejamento gral para o ano ou semestre. É a sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade. Tem essencialmente os seguintes elementos: objetivos gerais, conteúdos básicos, metodologia, sistemática de avaliação, bibliografia básica e recursos. O Plano de Curso terá os seus objetivos gerais detalhados em objetivos específicos que serão detalhados em habilidades, no Plano de Aula (Roteiro Diário).
Sugestão de elaboração do Plano de Curso:
PLANO DE CURSO/2014
ESCOLA:
TURNO:
PROFESSOR:
DATA:
DISCIPLINA/ÁREA DE ESTUDO
ANO/SÉRIE:
OBJETIVOS GERAIS[1]
CONTEÚDOS BÁSICOS[2]

METODOLOGIA[3]
RECURSOS[4]
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO[5]

























BIBLIOGRAFIA BÁSICA[6]:

Planejamento de ensino-aprendizagem:
2 Na escola, como fazer esse planejamento? Nessa instância o planejamento envolve a integração professor-aluno com as relações sociais, políticas e culturais. Os elementos essenciais presentes nesse planejamento são: os conteúdos (que devem ser planejados dentro de uma sequência lógica), os objetivos e as habilidades, os recursos a serem utilizados, a avaliação, a tomada de decisão e o monitoramento das ações previstas no planejamento. Quando esse planejamento se restringe à sala aula (o plano de aula) deve constar nele um elemento essencial-indispensável que é a sequência didática. Nessa sequência didática o professor planeja (melhor que seja junto com o aluno) as atividades que o aluno irá realizar e como essas atividades serão realizadas, para o alcance dos objetivos e a garantia da aquisição das habilidades. Nesse processo o professor só deverá interferir se houver necessidade. O melhor é que o aluno realize as atividades raciocinando num ato consciente do que está fazendo. Somente assim a escola está ensinando o aluno a “aprender a fazer” (2º pilar da educação reconhecido pela UNESCO). No plano de aula os recursos também são essenciais-indispensáveis, pois eles ajudam o aluno a compreender a essência do conteúdo estudado. Ao manusear um objeto o aluno analisa-o, disseca-o, divide-o em partes e volta a compô-lo, podendo chegar a elaborar o seu conceito a respeito do seu objeto de estudo. Nesse plano o professor também tem que ter o cuidado de evitar a monotonia e a rotina que leva ao desinteresse no processo de aprendizagem. O papel do professor aí é mediar esse estudo e interferir, se for necessário, apenas se for necessário. O aluno aprende “em interação com o objeto de estudo” (PIAGET) e “socializando esse estudo” (VYGOTSKY).
Sugestão de Plano de Aula (Roteiro Diário):

CONTEÚDOS
(TEMA)
HABILIDADES
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
RECURSOS
AVALIAÇÃO
TOMADA DE DECISÃO


















BIBLIOGRAFIAS:


Se verificarmos o quadro acima, vamos compreender que, os recursos são utilizados na sequência didática para que o aluno adquira determinadas habilidades previstas no estudo dos conteúdos. Os conteúdos são sistematizados numa sequência lógica para que os alunos tenham condição de compreender o processo de desenvolvimento da sua aprendizagem. O papel do professor aí é orientar o aluno nesse processo. Não fazer por ele, mas incentivá-lo a fazer. Esse incentivo deve vir em forma de uma boa didática. Se não houver isso, o aluno não precisará do professor, pois ele encontrará todas as respostas (respostas diretas desumanizadas) no Google, por exemplo.
O professor do século XXI deve ter uma postura interdisciplinar e, para isto, ele dever possuir [...] quatro competências: a competência intuitiva (busca alternativas novas e diferenciadas para o seu trabalho); a competência intelectiva (procura desenvolver o pensamento reflexivo); a competência prática; e a competência emocional (leitura de alma). (FAZENDA, 2005, p. 15-16).
Caixa de texto: AVALIAÇÃO 
A avaliação envolve Juízo de qualidade, dados relevantes da realidade e tomada de decisão.  A avaliação pode ser diagnóstica, classificatória (excludente), somativa e formativa. É um momento de reflexão contínua, onde o agente mediador do processo de ensino e aprendizagem é o professor.

A avaliação diagnóstica é entendida como uma investigação das razões dos fracassos
na prática educativa em qualquer momento do seu percurso.
A avaliação classificatória tem um caráter seletivo que coloca o erro como propulsor de ação. É o contrário da avaliação mediadora, que não tem caráter seletivo, mas visa o benefício do educando, com a intenção de promover, onde o professor é investigador, esclarecedor e organizador de experiências significativas de aprendizagem.
 A avaliação formativa é compreendida como a prática avaliativa realizada enquanto uma atividade se executa. Ela subsidiaria a "formação" (construção) dos
resultados.
A avaliação somativa é entendida como avaliação final, que permite uma
certificação da atividade, expressando, de certa forma, sua validação (seria
um ajuizamento final sobre a atividade, tendo por base os seus resultados). No caso, do estudante individual, seria a sua aprovação frente aos resultados obtidos, por exemplo, numa prova final ou numa média final decorrente de várias de notas.
Conforme Libâneo (1994) a avaliação tem as seguintes características:
·         Reflete a unidade objetivos-conteúdos-métodos;
·         Possibilita a revisão do plano de ensino;
·         Ajuda a desenvolver capacidades e habilidades;
·         Voltar-se para a atividade dos alunos;
·         Ajuda na auto-percepção do professor;
·         Reflete valores e expectativas do professor em relação aos alunos.
O professor precisa compreender que não basta dar aulas, é necessário estar atento á situação individual de cada aluno. É preciso tirar a limpo, todos os dias, se seus alunos estão aprendendo. Nesse sentido é preciso que o professor mude sua prática escolar, discutindo possibilidades para que não cometa os mesmos equívocos do passado. Com relação à avaliação na prática escolar, Libâneo (1994, p.198-199), enumera alguns equívocos:
·         1º equivoco – tomar a avaliação unicamente como ato de aplicar provas, atribuir metas e classificar os alunos;
·         2º equívoco – é utilizar a avaliação como recompensa aos “bons” alunos e punição para os desinteressados ou indisciplinados;
·         3º equívoco - é o dos professores que, por confiarem demais em seu “olho clínico”, dispensam verificações parciais no decorrer das aulas;
·         4º equívoco – é daqueles professores que rejeitam as medidas quantitativas de aprendizagem em favor de dados qualitativos.
Concluindo, a avaliação do aluno, a ser realizada pelo professor e pela escola, é redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica (Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental de 9 anos).

PDE COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PLANEJAMENTO ESCOLAR 
Caixa de texto: O que é PDE? Plano de Desenvolvimento da Educação. Foi aprovado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Ministro da Educação Fernando Haddad em 24 de abril de 2007, com o objetivo de melhorar a Educação no País, em todas as suas etapas, em um prazo de quinze anos. A prioridade é a Educação Básica. Prevê várias ações que visam identificar e solucionar os problemas que afetam diretamente a Educação brasileira: 

Índice de qualidade - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB);
Provinha Brasil - instrumento de aferição do desempenho escolar dos alunos de seis a oito anos;
Transporte escolar - Caminho da Escola é o novo programa de transporte para alunos da Educação Básica que residem na zona rural;
Gosto de ler -  Olimpíada Brasileira da Língua Portuguesa;
Brasil Alfabetizado;
Luz para todos – Prioridade para as escolas;
Piso do magistério - definição do piso salarial nacional;
Formação - Programa Universidade Aberta do Brasil;
Educação Superior - duplicar as vagas nas universidades federais, ampliar e abrir cursos noturnos e combater a evasão;
Acesso facilitado- Fundo de Financiamento Estudantil (Fies);
Biblioteca na escola;
Educação profissional - Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs);
Estágio - alterações nas normas gerais da Lei do Estágio para beneficiar alunos da Educação Superior, do ensino profissionalizante e médio;
Proinfância - construção, melhoria da infra-estrutura física, reestruturação e aquisição de equipamentos nas creches e pré-escolas;
Salas multifuncionais - ampliação de números de salas e equipamentos para a Educação  Especial e capacitação de professores para o atendimento educacional especializado;
Pós-doutorado - jovens doutores terão apoio do governo para continuar no Brasil;
Censo pela Internet - com o levantamento do Educacenso, os gestores conhecerão detalhes da Educação do Brasil;
Saúde nas escolas -  Programa Saúde da Família;
Olhar Brasil -  Doação de óculos para estudantes com problemas de visão;
 Mais Educação - Mais tempo na escola, mais atividades no contra turno e ampliação do espaço educativo;
Educação Especial - Monitora a entrada e a permanência na escola de pessoas com deficiência, em especial, crianças e jovens de zero a dezoito anos atendidas pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC);
Professor-equivalente: Concurso público para a contratação de professores nas universidades públicas federais;
Guia de tecnologias - as melhores experiências tecnológicas educacionais são um referencial de qualidade para utilização por escolas e sistemas de ensino;
Coleção educadores - Coleção Pensadores, que engloba 60 obras de mestres brasileiros e estrangeiros, doada para as escolas e bibliotecas públicas da Educação Básica, com o objetivo de incentivar a leitura, a pesquisa e a busca pelo conhecimento;
Dinheiro na escola - Escolas de Ensino Fundamental públicas com o Programa Dinheiro Direto na Escola.
Concurso - Concursos públicos para ampliação do quadro de pessoal do FNDE e da expansão da rede profissional;
Acessibilidade - Universidades com núcleos para ampliação do acesso das pessoas com deficiência a todos os espaços, ambientes, materiais e processos, com o objetivo de efetivar a política de acessibilidade universal;
Cidades-pólo – Brasil com 150 novas escolas profissionais. A ação faz parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica;
Inclusão digital - Todas as escolas públicas com laboratórios de informática.
Caixa de texto: DOMÍNIO PÚBLICO
O QUE É? Uma biblioteca digital desenvolvida em software livre. 
QUAL A UTILIDADE? Realiza pesquisa por palavra-chave dentro do conteúdo dos documentos disponíveis no acervo.
QUAL A ENTRADA DA PESQUISA? Por conteúdo; por nome de autor; teses e dissertações.
QUAL O SEU ACERVO? Possui um acervo de 123 mil obras e um registro de 18,4 milhões de visitas; é a maior biblioteca virtual do Brasil (dados de junho de 2009). 
QUANDO FOI CRIADO? O Portal Domínio Público foi lançado em 2004; oferece acesso livre a obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação autorizada. 

O que é o PDE ESCOLA?  É um programa de apoio à gestão escolar baseado no planejamento participativo e destinado a auxiliar as escolas públicas a melhorar a sua gestão. Para as escolas priorizadas pelo programa, o MEC repassa recursos financeiros visando apoiar a execução de todo ou de parte do seu planejamento. A ferramenta utilizada pelas escolas para realizar o seu planejamento é o PDDE Interativo (Pdeinterativo.mec.gov.br). O PDE é uma ferramenta de gestão DA escola e PARA a escola. Só será útil, portanto, se ajudar a comunidade escolar a identificar e a enfrentar os seus problemas. Para isso, as respostas do diagnóstico devem corresponder à realidade e devem ser pensadas coletivamente. O PDDE Interativo foi desenvolvido com base na metodologia do PDE Escola, mas desde 2012, todas as escolas públicas do país poderão utilizá-lo – mesmo aquelas que não foram priorizadas pelo PDE Escola, ou seja, que não receberão recursos federais desse programa.
PDDE Interativo X PDE Escola - Há certa confusão a respeito da diferença entre o programa Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE Escola) e o sistema PDDE Interativo. O PDE Escola é um programa do MEC que atende às escolas com baixo rendimento no IDEB, fomentando o planejamento estratégico e participativo com o propósito de auxiliá-las em sua gestão. O PDDE Interativo é a plataforma utilizada pelo PDE Escola, que permite a utilização da metodologia por todas as escolas públicas.

BIBLIOGRAFIA:
FERNANDES, Domingos. Avaliar Para Aprender: Fundamentos, Práticas e Políticas. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
FREITAS. Luiz Carlos de et. al. Avaliação Educacional: caminhando pela contramão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Coleção Magistério. Série Formação do Professor. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2006.
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento Dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. Guia da Escola Cidadã – Instituto Paulo Freire. V.7. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
SAVIANI, Dermeval. PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação: Análise Crítica da Política do MEC. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 995.
FAZENDA, Ivani (org.). Didática e Interdisciplinaridade. Campinas, São Paulo: Papirus, 2005.




[1] Esses objetivos estão nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).
[2] Os conteúdos devem ser organizados por bimestre, seguindo uma sequência lógica de dificuldades, o que facilitará no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e na avaliação, para tomadas de decisões certas.
[3] A metodologia deve ser bem clara para facilitar na elaboração do roteiro diário.
[4] Os recursos são de grande importância, pois a utilização deles conduz a execução correta da sequência didática, que conduz ao alcance dos objetivos, aquisição de competências e habilidades. Esses (os recursos) devem ser bem práticos. Alguns recursos podem ser elaborados pelos próprios alunos, com a orientação do professor.
[5] Aqui o professor deve detalhar o tipo de avaliação e os instrumentos que serão utilizados para a concretização da mesma. O professor nunca deve utilizar apenas provas; outros meios, como por exemplo: seminários, pesquisas, palestras, debates, e outros, devem ser utilizados, para que se possa verificar o contexto avaliativo global do processo. Sem esquecer que todos os resultados da avaliação devem ser registrados e analisados pelo professor.
[6] A bibliografia também é indispensável, pois o professor deve fundamentar teoricamente toda a sua prática. “A prática não se faz sem a teoria, assim como a teoria será enfraquecida sem a prática” (Professora Zezeh).