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Este blog tem por objetivo mostrar meu trabalho em sala de aula, trocar experiências com professores e alunos e receber sugestões metodológicas, exemplos de projetos pedagógicos, etc.

terça-feira, 26 de março de 2013

O do computador e de outras ferramentas na escola

Oi galera professores, vamos fazer uma reflexão sobre a nossa práxis pedagógica? Que tal começarmos a pensar em utilizar as novas tecnologias em sala de aula? Com planejamento eotimismo é claro!!!!!!!!!!




UNIVERSIDAD SAN LORENZO
FACULTAD DE EDUCACIÓN Y HUMANIDADES


Maestría en Ciencias de la Educación

O COMPUTADOR E OUTRAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MARANHÃO: UMA BREVE ANÁLISE PROSPECTIVA
Maria José Brandão Ramos[1]
UNIVERSIDAD SAN LORENZO

RESUMO
O Maranhão é rico por natureza, e multicultural, mas seu sistema educacional ainda é lento, por ter herdado problemas educacionais de velhas administrações e de antigas metodologias de ensino. Vive-se um momento de transição, entre o obsoleto paradigma e o novo modelo de educação escolar. O Governo Federal injeta recursos na educação básica, inclusive em computadores, mas há problemas como computadores sem utilização nas escolas, ou por falta de autorização para uso, ou por falta de pessoal habilitado para o trabalho. Apesar dos recursos despendidos e dos laboratórios de informática, alunos saem do Ensino Fundamental sem saber ler, escrever e calcular. Alunos que não aprendem os conteúdos escolares aprendem com facilidade a informática quando manuseiam o computador. Mas, é insignificante o número de escolas com ambientes virtuais de aprendizagem funcionando por falta de computadores e de orientação. As novas tecnologias precisam ser imediatamente inseridas, de forma efetiva, nas escolas. Mas elas em si não bastam; precisa-se de políticas educacionais que atendam as novas exigências da sociedade atual, boa gestão escolar e formação continuada de professores no âmbito das novas tecnologias na educação, conjugadas às novas metodologias.

Palavras-chave: Novas tecnologias. Computador na escola. Hipertexto. Conectivismo.  Webquest.

RESUMEN
Maranhão es rica en naturaleza, y multicultural, pero su sistema educativo sigue siendo lento, habiendo heredado los problemas de las antiguas administraciones educativas y las metodologías de enseñanza antiguos. Vivimos en una época de transición entre el viejo paradigma y el nuevo modelo de enseñanza. El gobierno federal inyecta recursos en la educación básica, incluyendo computadoras, pero hay problemas como los ordenadores utilizados en las escuelas, o por falta de autorización para el uso o la falta de personal calificado para el trabajo. A pesar de los recursos invertidos y laboratorios de computación, los estudiantes salen de la escuela primaria sin saber leer, escribir y calcular. Los estudiantes que no aprenden contenidos escolares aprenden con facilidad el equipo cuando éste manejar. Pero, ¿es insignificante número de escuelas con entornos virtuales de aprendizaje por falta de equipos de trabajo y orientación. Las nuevas tecnologías deben insertarse inmediatamente, de manera efectiva en las escuelas. Pero ellos mismos no son suficientes, necesitamos políticas educativas que respondan a las nuevas demandas de la sociedad actual, una buena gestión escolar y la educación continua de los docentes en el contexto de las nuevas tecnologías en la educación, junto con nuevas metodologías.
Palabras clave: Nuevas Tecnologías. De la Computación en la escuela. Hipertexto. El conectivismo. Webquest.

1 INTRODUÇÃO

O uso do computador na escola surgiu, no Maranhão, na década de 1990 nas escolas privadas em forma de aulas de informática. As escolas competiam entre si na ampliação de suas matrículas. Hoje, o uso do computador e de outras ferramentas tecnológicas nas escolas públicas do Maranhão ainda é incipiente.
Surgem, então, interrogações específicas como: 1) Os alunos e os professores das escolas públicas do Maranhão utilizam o computador e outras ferramentas tecnológicas? Fazem pesquisas, ou as aulas, em sua maioria, são expositivas? 2) Os professores dessas escolas tem formação para orientar os alunos quanto ao uso do computador e de outras ferramentas tecnológicas, como por exemplo, o celular? 3) Alunos e professores interagem em ambiente virtual de aprendizagem para complementação das atividades de sala de aula? 4) As escolas públicas do Maranhão fazem uso sistemático das TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação)?
As hipóteses elaboradas foram: 1) A escola e os professores não estão preparados para trabalhar o ensino e a aprendizagem com o auxílio do computador e de outras ferramentas tecnológicas. Vem daí a falta de interesse dos alunos pelas aulas; 2) O computador nas escolas públicas do Maranhão ainda é um instrumento utilizado sem planejamento que contemple o estudo das disciplinas curriculares; 3) Parte das escolas públicas maranhenses ainda não possui laboratórios de informática e parte deles já existentes ainda não funciona a contento.
A pesquisa foi norteada pelo objetivo geral “Investigar a prática do uso do computador e das outras ferramentas tecnológicas no aprendizado dos alunos do ensino fundamental, nas escolas públicas do Maranhão”; e pelos objetivos específicos: 1) Identificar dentre as teorias sobre as novas tecnologias aplicadas a educação, as ideias compartilhadas e os revezes teóricos entre os diversos autores; 2) Demonstrar a situação das escolas maranhenses de ensino fundamental quanto ao uso do computador e de outras ferramentas tecnológicas na educação; 3) Observar a postura do professor frente ao desafio de lidar com o computador no ensino e na aprendizagem.
A revisão de literatura oportunizou o estudo dos seguintes eixos: o computador e as outras ferramentas tecnológicas na escola; a geração homo zappiens e a educação escolar; Conectivismo: uma nova teoria da aprendizagem; letramento digital; os recursos didáticos e o novo paradigma da educação; a sala de informática; a postura do professor frente ao emergente paradigma da educação: o computador no ensino e na aprendizagem.
A pesquisa de campo teve como universo o Município de Tutóia e como amostra 16 escolas das 22 que possuem laboratórios de informática. Gestores, professores, alunos, pais de alunos e técnicos de informática dessas escolas foram observados e responderam a questionários e entrevistas. Além disso, foram realizadas palestras e mesas redondas sobre o uso do computador e de outras ferramentas na escola, inclusive o celular.


2 O COMPUTADOR E AS OUTRAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NA ESCOLA

A priori sabe-se que a aplicação das novas tecnologias à educação é um tema muito polêmico e que divide opiniões a respeito. Para uma análise rebuscada sobre o assunto fez-se necessário invocar teóricos de renome como: Valente (1993)[2] que, dentre outras afirmativas coloca que “a entrada dos computadores na educação acontece concomitantemente com a necessidade de repensar os rumos da escola e o papel do professor”. E completa dizendo que “o computador pode ser um importante recurso para promover a passagem da informação ao usuário ou facilitar o processo de construção do conhecimento”.

É lógico que neste momento de mudança se venha repensar o papel da escola e do professor. Surgem então as interrogações: Que metodologias se devem utilizar com o auxílio do computador no processo de ensino e de aprendizagem? Como proporcionar essa formação ao professor sem que seja necessário o seu afastamento de sala de aula? São estas as principais questões.
Vieira et.al (2003, p. 114 -118), complementando Alonso (1999,p.18)  sublinha que [...] é importante entender a escola como instituição e como ‘local privilegiado para a mudança’ (Alonso,1999,p.18) e para a formação. Também afirma que “nas ações de formação devem se empregar todos os recursos disponíveis, inclusive as TICs, objetivando a criação de comunidades colaborativas que propiciem aos educadores a tecitura de suas próprias redes de inter-relações humanas e de conhecimentos” (Ibidem). E aconselha “a formação continuada a distância no seu próprio ambiente de trabalho, contanto que ela seja contextualizada na realidade da escola” (Ibidem).

Levy (1993)[3], ao falar das tecnologias da inteligência, sublinha que “existem três formas diferentes de conhecimento: o conhecimento oral, o conhecimento escrito e o conhecimento digital”. Essa nova classificação do conhecimento vem dizer para a escola, que ela, como instituição especializada em ensinar, não pode jamais deixar de proporcionar o conhecimento digital aos seus alunos, visto que esses educandos estão inseridos na era da informática.

2.1 Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação
Com o advento da revolução tecnológica tem-se uma sociedade muito diversa que apresenta características muito diferentes das do passado. Nessa sociedade não existe verdades absolutas, tudo é provisório, gerando situações permanentes de incertezas. As soluções para os problemas terão de ser encontradas rapidamente. Por isso as receitas do passado e velhos paradigmas de nada servem.
Há o que se chamam hoje tecnologias de informação e comunicação. Essas tecnologias foram inicialmente introduzidas na educação com a finalidade de informatizar as atividades administrativas escolares, para agilizar o controle e a gestão técnica, principalmente a oferta e demanda de vagas, e a vida escolar do aluno. Depois começaram a entrar no ensino a na aprendizagem, mas sem integrar as atividades de sala de aula, funcionando com maior frequência como uma disciplina que tomou o nome de informática.
Esse processo iniciou nas escolas da rede privada e não tinha muito sucesso, porque não somava quase nada ao conhecimento dos alunos, pois não havia um planejamento que levasse a uma aprendizagem significativa: as “salas de informática” não continham computadores suficientes para atender os alunos individualmente e o professor sempre se limitava a ensinar os alunos a ligar e desligar a máquina, identificar as suas partes, e muito pouco mais.
No Estado do Maranhão-Brasil, essa situação começou na década de 1990, nas maiores escolas da rede privada, na Capital do Estado – cidade de São Luis. Mas, surgiram em seguida, numa perspectiva mais inovadora, projetos extra-escolares, desenvolvidos com a orientação de professores de sala de aula e apoiados por professores encarregados da coordenação e facilitação no laboratório de informática.
Atualmente as TICs são usadas na formação de docentes para o uso pedagógico, o que é um avanço em termos de formação continuada. Mas, no Brasil, é ainda um processo incipiente, apesar do PROINFO (Programa Nacional de Tecnologia Educacional), que já beneficiou parte dos professores com formação em serviço. Mesmo assim há entraves como a falta de condições físicas, materiais e técnicas adequadas, e a falta de conhecimento tecnológico dos dirigentes escolares, que não compreendem a importância das TICs. na melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
No Maranhão computadores chagaram as escolas públicas das redes estadual e municipal. As salas de informática foram construídas e equipadas, mas boa parte delas está sem funcionar por falta de pessoal habilitado. Parte desses equipamentos já está obsoleta e sem manutenção. Aos professores da rede estadual foi oferecido um “Curso de Educação Digital” (PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional) em 2009, com duração apenas de 40 horas e o mesmo foi oferecido aos das redes municipais no início de 2012 com carga horária igual.        
Também foi oferecida aos professores municipais do Programa Escola Ativa (voltado para a escola do campo - classes multisseriadas), uma formação intitulada: “O Uso Pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Escolas do Campo”, com carga horária de apenas 40 horas. É uma formação mais prática, pois utiliza o Sistema Operacional Linux Educacional, que inclui atividades pedagógicas com o uso do computador, com variados jogos educacionais nas disciplinas: Português, Matemática, História, Geografia e Artes.
A vantagem maior desse projeto é que insere as escolas do campo no contexto tecnológico educacional. Mas, há desvantagens tais como: escolas inadequadas e mal equipadas e gestões escolares descompromissadas com o desenvolvimento tecnológico da educação. A aplicação dessas Novas Tecnologias nas escolas do campo cairia como uma luva para alunos que vivem num ambiente de raríssimas oportunidades. Isso contribuiria para a inclusão digital desses alunos e os conduziria a hiperaprendizagem.
Esses alunos passariam a se sentir iguais aos alunos das localidades urbanas. Seria na realidade, o momento de se fazer valer o princípio maior da Constituição Brasileira: “Todos os cidadãos são iguais e tem os mesmos direitos”. O Estado estaria reconhecendo que o povo do campo tem direito de viver com dignidade, sem sair do seu torrão para viver em condições sub-humanas nas cidades. Tudo isso seria maravilhoso se o Estado assumisse verdadeiramente a sua responsabilidade e equipasse todas as escolas da rede oficial com recursos materiais, humanos e tecnológicos.
2.2 Uma Nova Maneira de Ver o Mundo
Surge a internet, e com ela as distâncias são diminuídas. Os equipamentos modernos auxiliam na diminuição de erros e na otimização do tempo. Muda-se então a maneira de ver o mundo; todo ele está à disposição da ótica humana, através da Internet. Transmitem-se informações para quaisquer partes do planeta com extrema rapidez.  A distância e o tempo não mais impedem a comunicação. As informações não são mais estáticas. O conhecimento está em rede na interação e na colaboração. O século XXI emerge como a página da mais premente modernização. Situação essa que pressiona os mais variados setores da sociedade a investirem nas novas tecnologias.
2.3 A Escrita Mediada pelo Computador
A inserção das novas tecnologias na escola traz um novo paradigma educacional. Evento esse que proporciona interação e aprendizagem coletiva, dando significado e consciência a um processo de aprendizagem onde todos aprendem e todos ensinam. Dentre os ícones da mediação da escrita pelo computador está o hipertexto, muito exaltado pelos teóricos.
E o que seria hipertexto? Qual a sua utilidade na escola? Tido como um instrumento que auxilia na superação das dificuldades de leitura e de escrita e introduz ou recupera o prazer pela leitura; O hipertexto é “tecnicamente um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou pares de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem ser eles mesmos hipertextos (LEVY,1993, p.33)”.
Xavier (2002, p.152-153) coloca que hipertexto é também “um dispositivo textual digital multimodal e simiolinguístico[4], que se encontra interligado em outros hipertextos, através de hiperlinks que o constituem”; e Lemos (2002, p. 130) sublinha que os hipertextos, “sejam online ou off-line são informações textuais combinadas com imagens, sons, organizadas de forma a promover uma leitura (ou navegação) não-linear, baseada em indexações e associações de ideias e conceitos, sob a forma de links. [...] portas virtuais que abrem caminhos para outras informações”.
Os teóricos do hipertexto também afirmam que essa ideia não é nova, pois desde Leonardo Da Vinci o hipertexto se fazia através das páginas dos seus escritos que eram lidas e comentadas em suas margens pelos leitores, completadas por outros leitores, que eram comentadas por outros e assim sucessivamente. Esse processo era chamado de “marginálias”. A diferença é que hoje se faz isso em ambiente virtual. Os nós referem-se a links ou superlinks que na web funcionam como endereços localizados nos nós da Rede e que podem remeter tanto para outras páginas do mesmo site como também para outros sites. Forma-se, então, o hipertexto.
O uso do computador na escola pode ser direcionado para a produção textual coletiva. Se o professor ou o aluno colocar na Rede um texto que deverá ser lido, analisado e complementado com conteúdos que podem enriquecê-lo, esse irá certamente ser ampliado por outros alunos, outros professores ou até mesmo outras pessoas para fazerem críticas ou simplesmente para pesquisa. Dependendo da importância do texto, os nós vão-se multiplicando tornando-o um hipertexto. Para isto a escola pode utilizar um blog ou um site e trabalhar a metodologia webquest.

3 A GERAÇÃO HOMO ZAPPIENS E A EDUCAÇÃO ESCOLAR

Dentre as teorias tecnológicas da educação está a “Tendência Hipermediática”: ambientes hipermediáticos. Essa tendência analisa os ambientes tecnológicos sob o ângulo da sua hiperatividade e construção de sistemas cada vez mais interativos. Qual seria o papel do professor dentro dessa ótica?
A pedagogia atual traz como principal função do professor, mediar o conhecimento ao aluno, auxiliar o aluno na busca do conhecimento. E, se se trata de ambiente hipermediático, o papel do professor tem como plataforma não somente auxiliar o aluno na busca do saber, mas, sobretudo, auxiliar na seleção desse saber dentro do espaço virtual.
E o aluno, qual seria o seu papel? Com esse deve ficar o papel de saber utilizar as novas tecnologias e saber selecionar os conteúdos disponíveis na Rede. E a escola entraria aí, para proporcionar um ambiente propício à aplicação dessas novas tecnologias. Mas, tanto a escola quanto o professor estão muito aquém dessa competência. A escola até hoje não conseguiu acompanhar o desenvolvimento tecnológico.
As crianças de hoje, a nova geração nascida a partir do final da década de 1980, já não se interessam tanto pelos livros; preferem jogos de computador, inclusive aqueles violentos que, ao que parece, não tem limites para os padrões morais. E ainda há, sob o ponto de vista social, um implicador, que é o fato de a Globalização exigir que as pessoas estejam mais conectadas, que estejam ligadas em rede.
 As crianças se comunicam com o mundo inteiro, pois a internet não tem limites nem fronteiras. Essa novíssima geração tem vários apelidos: “geração da Rede”, “geração digital”, “geração instantânea” e “geração ciber”. Surge agora a chamada de geração “Homo Zappiens” – aparentemente uma nova espécie que atua em uma cultura cibernética global com base na multimídia.
Esses primeiros seres digitais crescem num mundo onde a informação e a comunicação estão disponíveis a quase todas as pessoas do globo e podem ser usadas ativamente. Essa geração se comunica com amigos e com outras pessoas de maneira muito mais intensa do que as gerações anteriores: usam a televisão, o MSN, os telefones celulares, os iPods, iPads, os blogs e/ou fotoblogs, os wikis, os chats, os jogos e outras plataformas da comunicação.
Utilizam todos esses recursos e plataformas em redes técnicas globais e tem o mundo como referência. Tendo à sua disposição o controle remoto da televisão, o mouse do computador, e o telefone celular, essas crianças podem escolher, além de outras opções, qualquer um dos dois mil e duzentos canais ou mil e quinhentas estações de rádio do mundo inteiro que estão a sua disposição.
Antes mesmo de aprender a ler e a escrever essas crianças aprenderam e ler e a interpretar as imagens. Elas navegam pela internet, usando o mouse e clicando até encontrar o que querem, mesmo sem conhecer as letras. Utilizando essas novas tecnologias, o Homo Zappiens tem uma visão positiva sob as possibilidades de obter a informação certa no memento certo sobre qualquer pessoa ou qualquer lugar. Elas se comunicam com frequência em redes de amigos/parceiros e vão filtrando as informações e aprendendo a tecer seus conceitos.
Há uma marca que faz a diferença entre o Homo Zappiens e a outra geração: a não-linearidade. A geração anterior funciona linearmente; por exemplo, ela primeiro ler as instruções (lendo o papel) e depois começa a jogar, descobrindo as coisas por conta própria quando há problemas. O Homo Zappiens, ao contrário, não usa a linearidade: ele começa primeiro a jogar e, só depois, caso encontre problemas, liga para um amigo, busca informação na internet, ou envia uma mensagem para um fórum.
Quando há necessidade de respostas instantâneas, em vez de trabalhar sozinho, são utilizadas redes humanas e técnicas. Essa geração não utiliza a velha regra de “fazer uma coisa de cada vez para fazer a coisa certa”. O Homo Zappiens adotou o computador e os softwares como as gerações anteriores adotaram a eletricidade.
E como fazer educação com essa geração? O que devem fazer a escola e a sociedade para atender as suas exigências?  Dar as mãos, escola e sociedade, seria o ponto de partida, já que a geração atual é a primeira que ensina seus pais a usarem um fórum, um telefone celular; a consultar conta bancária eletronicamente, entre outros serviços.
Observa-se que a educação está invertida – fenômeno nunca visto antes. Os pais sendo educados pelos filhos; os filhos ensinando os pais. E a escola? Muitos professores não sabem, por exemplo, o que fazer com o computador. Ao ser utilizado em sala de aula o Data show, é quase sempre o aluno que resolve um problema apresentado pelo aparelho.
A escola tem que absorver a consciência de que ela tem que mudar; que ela tem que acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Ela tem que se despir de velhos moldes. Não dá mais para está, por exemplo, dando aulas insignificativas ao invés da pesquisa, do trabalho de grupo, do compartilhamento das atividades interativas, dos livros eletrônicos, da utilização dos softwares e de outros instrumentos da vivência dessa nova geração que é tão exigente e tão seletiva.
 A escola tem que criar novos paradigmas que venham ter a cara da geração digital, do Homo Zappiens. Somente assim ela poderá sobreviver; só assim ela poderá continuar sendo útil a sociedade. São outros tempos, outras formas de comportamento, outros instrumentos de informação e comunicação.
É cada vez mais comum entre crianças e jovens o uso das redes sociais. Elas já adentram as escolas e invadem ou modificam os seus programas. Muita coisa é modismo, mas a tendência é de que a escola se aproprie dessa linguagem com o fim de melhorar a formação de seus alunos, objetivando uma concepção de cidadania não apenas off line, mas também on line.
A adesão às redes sociais é de incalculável dimensão. Essa movimentação digital provoca a abertura de espaço também para a educação. Por mais resistentes que sejam os educadores a essa mudança, acabam se integrando (mesmo muito lentamente) ao grupo “geração digital” que vive enredado na “teia de alcance mundial” (Web).
O trunfo de ferramentas como o Orkut, o Twitter e o Facebook é a agilidade. A interação entre alunos, professores e diretores de escolas tornar-se-ia maior e desembocaria em possibilidades de novas discussões a respeito das disciplinas curriculares, e enriqueceria o aprendizado. O ideal seria que todas as escolas da rede pública participassem desse processo inovador através das novas tecnologias: ”Eu ensino, eu aprendo”.
O aluno ficaria surpreso com a presença do professor nas redes sociais, mas ao mesmo tempo satisfeito porque poderia utilizar esse meio para entrar em contato o professor, ao invés de telefonar ou mandar mensagem. Assim, as discussões sobre conteúdos disciplinares, trabalhos, relatórios de pesquisas, etc. poderiam ir além da sala de aula.
O retorno seria bem maior, por exemplo, nas orientações de trabalhos de conclusão de curso, fica mais fácil manter contato através das redes sociais do que pessoalmente. Está bem claro que o uso das redes sociais como ferramenta de ensino e educação, é uma tendência irreversível. Não há como voltar atrás.  A “geração da rede” jamais se satisfaria em estudar apenas numa sala de aula com carteiras enfileiradas, ouvindo o que não lhe interessa, de um professor.
A resistência por parte dos professores não está só no desconhecimento ou na falta de tempo, mas também no medo de se expor. Porém, tem que se assumir riscos na educação e procurar criar estratégias que conduzam esse processo de forma democrática, respeitosa e ética. Deve-se utilizar o que a rede dispõe rumo a uma educação de boa qualidade.
Jamais se devem deixar essas possibilidades de lado, porque ou se acompanha o desenvolvimento tecnológico ou a escola fica no atraso. Cabe aos educadores, pensadores e estudiosos da área, compreender esse processo social e, principalmente, trazer isso para a cidadania e edificação social, fortalecendo os aspectos positivos.
O Brasil está na vanguarda da aceleração do avanço tecnológico digital que traz na cabeça uma boa equipe “geração futuro”. Eduardo Severin – o brasileiro de 29 anos que, juntamente com Zuckerberg, quando estudavam em Harvard[5], diz: “Espero que a história do Facebook, que teve início no quarto de uma república universitária, sirva de inspiração para que pessoas de todas as idades e todos os setores se aventurem pelo empreendedorismo e busquem seus sonhos”.
A cada minuto o Facebook recebe 451 novos adeptos. Nos Estados Unidos e na Índia, mais de 80% das pessoas que utilizam a internet tem uma conta ativa no Facebook. No Brasil, o site triplicou de tamanho no último ano e acaba de subir ao posto de rede de relacionamento mais popular, superando o Orkut. A cada 100 brasileiros conectados à internet, 75 estão no Facebook e seguem uma tendência mundial. Mais da metade deles navega pelo site todos os dias, em uma teia de relacionamento de 100 bilhões de amizades, um número próximo ao de neurônios do cérebro humano (SACATE; SBARAI, 2012, p. 77).

O mundo está acostumado a falar do impacto que causaram, no passado, invenções como a imprensa e a televisão, hoje a sociedade atingiu um novo ponto de inflexão; a tendência é todas as pessoas no planeta conectadas. O modo de vida, a cultura e a educação das pessoas se aproximam e se modificam.
Através do Facebook os colegas de classe combinam as baladas do fim de semana, paqueram e indicam músicas aos amigos. Por que não também combinarem grupos de estudos ou compartilhamento em outras atividades escolares?
A cada segundo, 2,8 milhões de e-mails são enviados no mundo, 1600 comentários são feitos pelo Twitter, 110 fotos são arquivadas no Flickr, 10 vídeos são postados no Youtube, um novo blog é criado e mais um domínio WWW é registrado. A quantidade de informações digitais acumuladas no mundo até hoje é de 1,8 zettabyte (ou 1,8 trilhão de gigabytes), o equivalente a 385 bilhões de DVDs (VEJA, 2012, p. 85).

A “geração da rede” acompanha toda essa movimentação. Por que a escola não aproveita para inserir-se nesse contexto? No Facebook é possível se publicar textos, fotos ou vídeos, além de poder agendar eventos. Assim como o Facebook serviu para organizar a pancadaria que terminou com mais de sessenta mortos em um estádio de futebol no Egito, por que não servir para organizar eventos educativos?
O Facebook, como uma internet dentro da internet, tem um raro poder de organização. A comunidade educacional deve começar a pensar em como utilizar esse instrumento em favor da aprendizagem escolar. Não é apenas por uma questão de mudar por mudar; mas mudar porque o aluno mudou e a escola precisa mudar com ele.
Outro ícone da “geração futuro” é o paulistano (brasileiro) Michel Krieger que é o criador do Instagram – um aplicativo feito para o iPhone que reinventa o tradicional álbum de família – uma rede social na qual se podem compartilhar  fotos com amigos. O programa permite que se adicione uma série de efeitos especiais às imagens.
Assim como no Facebook, as imagens são automaticamente mostradas para os seguidores de cada perfil. “A cada segundo, sessenta fotos, vindas de todos os quadrantes do globo, são transmitidas para o programa. É tanto que os 30 milhões de pessoas que aderiram a ele já ganharam um apelido que as identifica como comunidade – são os instagramers” (VEJA, 2012, p. 93).
Pedro Franceschi, outro componente da turma “ Nativos do Planeta Chip”, com apenas 15 anos de idade, autodidata em computação, considera que “ O colégio é uma chatice” e não faz questão de fazer faculdade, apesar de concordar que é útil ter um diploma no currículo. Seu sonho é trabalhar na Apple ou no Google. E afirma:” Quero estar em uma empresa onde possa liderar inovações tecnológicas que realmente faça diferença no dia-a-dia das pessoas. [...] É assim que aprendemos. No colégio só ensinam mais do mesmo”.
Franceschi começou a aprender programação aos 8 anos de idade, pesquisando sozinho na Web. A escola não sabe e nem procura saber o que interessa ao aluno, qual a sua vocação para poder orientá-lo para o mundo, para o empreendedorismo, para aprender a viver no mundo globalizado e capitalista em que se vive hoje. Ela (a escola) vive absorta em suas teorias ultrapassadas, e, seus conteúdos curriculares que para nada mais servem.
Regina Gotthilf (25 anos de idade), outra integrante da “Nativos do Planeta Chip”, diz: “No mundo digital não importam a nacionalidade nem a idade, mas o que se é capaz de fazer” (VEJA, 2012, p. 96). A escola deve orientar os alunos para usufruírem dessa igualdade digital, mas mostrar que a competição é boa até onde não se prejudicam os semelhantes.
O Capitalismo conduz a essa corrida desenfreada pelo melhor, pelo maior, pelo poder, porém, não se devem esquecer os princípios da ética, da justiça e da solidariedade. A tecnologia, hoje, é o pódio mais alto do mundo, mas nunca se deve esquecer que todos são seres humanos e que todos também são sujeitos a vitórias e derrotas. 
João, ao ser perguntado pela VEJA: Vocês dão valor ao ensino acadêmico? Responde: “Fazer faculdade não faz muita diferença. Quantas pessoas se formam todos os dias? Mas acredito na faculdade como um método de fazer Networking, ou seja, conhecer profissionais com quem eu possa vir a trabalhar no futuro”.
Rafael a mesma pergunta responde: “Acredito nisso também. A faculdade vale mais pelo currículo de amigos que se cria”. Já o Ivan tem outra opinião: “Discordo completamente. O conhecimento que se adquire fuxicando e desenvolvendo aplicativo, é útil. No entanto, a engenharia de verdade exige mais que isso. Pense só no Google Maps. Foram necessárias centenas de engenheiros com muito conhecimento científico para desenvolvê-lo”.
O descrédito da escola, por parte dos alunos, é grande; isso porque o currículo escolar é alienado: nada da realidade das pessoas é ensinado na escola. Os alunos precisam de conhecimento sobre as novas tecnologias para se prepararem melhor para o mercado de trabalho e a escola não está sabendo lidar com esse novo modelo educacional.
À outra pergunta interessante: O mundo virtual distancia vocês do mundo real? Responde Rafael: “Pelo contrário. Antigamente você tinha de ir à praça para encontrar os amigos. Hoje, basta criar um servidor na internet e jogar um game com eles”.
Paulo expressa-se assim: “Era impossível entrar em contato com tanta gente como acontece por meio do Facebook. Com uma única mensagem dá para marcar uma festa para centenas de pessoas”. João afirma: “Sem a barreira física, os jovens se conectam mais. Se um amigo muda de escola ou de cidade, você não precisa deixar de falar com ele” (VEJA, 2012, p. 100).
Os jovens, na realidade, não estão muito preocupados quanto a presença física, pois eles se relacionam muito bem virtualmente. Passam muito tempo conversando, batendo papo, resolvendo seus problemas através do computador, e a maioria das famílias acha que está tudo bem, porque o jovem não está na rua. “Em casa os perigos são menores”, dizem elas.
Os educadores até ficam um pouco sem argumento, frente aos perigos que se enfrentam a todo o momento, estando fora de casa. Ressaltando os perigos também da internet mal utilizada. Mas, e o corpo-a-corpo? O calor humano? Fica sempre a dúvida.
Quando a VEJA pergunta: As redes sociais vieram para ficar? João diz: “É claro. As redes sociais não estão restritas a Web. Numa rede social estão seus amigos, as pessoas que lhes interessam. Tem suas fotos, sua vida. Não dá mais pra largar as redes sociais. As pessoas sempre quiseram saber da vida dos outros, e o Facebook é uma das melhores maneiras de fazer isso”.
Breno enfatiza: “Tem o famoso efeito manada. Quando chegou o Facebook, todo mundo correu do Orkut para ele. As redes sociais funcionam assim. O Facebook pode acabar. Mas só será substituído por outro”. Ivan faz uma reflexão: “Não sou de usar redes sociais. Mas é notável perceber que elas nasceram de uma demanda das pessoas. As redes sociais não surgiram porque simplesmente resolveram inventá-las. Foi a necessidade do povo de se comunicar que serviu de alicerce para as redes sociais” (VEJA, 2012, p. 101).
Se se analisar o processo de movimentação das redes sociais, pode-se verificar que há muitas vantagens e algumas desvantagens. A maior vantagem é que as pessoas, dentro de um espaço virtual, podem fazer, em curto espaço de tempo e sem prejuízos orçamentários, muitas coisas, muitas tarefas. E uma das desvantagens ícones está na privacidade. O receio com a privacidade mistura necessidade e exagero.
Às vezes as pessoas se expõem porque gostam de se expor. É claro que a rede pode ser utilizada por criminosos, de maneira maldosa, mas não é difícil de se proteger. A Web é um espaço público e por isso só se deve colocar nela o que se acha interessante que todos saibam. É necessário, portanto, que se saiba utilizar as redes sociais. Os crimes virtuais podem ser punidos com as leis de cada país.

4 CONECTIVISMO: UMA NOVA TEORIA DA APRENDIZAGEM
As teorias da aprendizagem existentes não são suficientes para atender às características do aprendente do século XXI. Até pouco tempo as principais teorias da aprendizagem eram o behaviorismo, o cognitivismo e o construtivismo. Nasce o conectivismo. Com ele o conhecimento vem de fora. Diferente do construtivismo de Piaget, para o conectivismo, o aprendente, através das redes ou dos nós do hipertexto, vai eliminando as suas dúvidas e consolidando o seu conhecimento, momento em que já não está mais só com o objeto de estudo, mas está aprendendo em conjunto: dialogando, refazendo seus conceitos, corrigindo os seus próprios erros, armazenando e socializando os seus acertos.
O conectivismo (SIEMENS, 2004)[6] apresenta nove princípios, a saber: 1) aprendizagem e conhecimento apoiam-se na diversidade de opiniões e posições; 2) aprendizagem é a capacidade de conectar nós específicos ou fontes de informação; 3) a aprendizagem pode residir em dispositivos não-humanos; 4) a capacidade de investir no saber mais é muito mais importante do que o conhecimento que o indivíduo já possui; 5) é necessário cultivar e manter conexões para   facilitar a aprendizagem contínua; 6) a habilidade de perceber conexões entre áreas, ideias, conceitos é fundamental; 7) a atualização do  conhecimento é a intenção de todas as atividades da aprendizagem conectivista; 8) tomar decisão é processo de aprendizagem; 9) e as decisões tidas como corretas hoje, podem estar erradas amanhã devido às rápidas mudanças que afetam a realidade social.
Portanto, no âmago do conectivismo reside a ideia de que o conhecimento está distribuído por uma rede de conexões; e a aprendizagem está na capacidade de circular por essas redes. Entendendo toda a trajetória teórica da aprendizagem e examinado o que postula o conectivismo, pode-se dizer que a aprendizagem é um processo interno-externo-socializável que acontece no indivíduo constantemente aprimorado, dando-lhe condições para outras aprendizagens. É um processo, portanto, inacabado, mas que lhe dá uma base sólida de como aprender a aprender.
5 LETRAMENTO DIGITAL
O que é letramento digital?  Com o desenvolvimento das tecnologias digitais, vive-se e convive-se também em ambientes digitais, onde se produz, se lê, se preenche e se trocam diversos gêneros textuais em várias situações que vem se tornando cada dia mais corriqueiras. Com isto a noção de letramento foi se inserindo também no ambiente digital que, como no mundo do impresso no digital tem suas particularidades e demandas específicas. 
Se letramento é a prática social da leitura; é o uso da leitura e da escrita para fins escolares, profissionais e culturais, o letramento digital é a prática social da leitura e da escrita com esses mesmos fins, dentro do contexto digital: no hipertexto, na webquest, na leitura colaborativa, na leitura em rede. Ao ser incorporado à tecnologia digital, o conceito de letramento significa que, além do sujeito ter o domínio da tecnologia é necessário que ele se aproprie do “para que” utilizar essa tecnologia.
Para ser letrado digitalmente o usuário do computador precisa ter várias habilidades para com o seu manuseio e de outros equipamentos digitais, como: usar o teclado e o mouse; navegar, buscar e selecionar informações; criar, deletar, e organizar arquivos e pastas; saber formatar textos, escolher fontes, alinhar parágrafos, inserir imagens, entre outras. É necessário ainda saber lidar com gêneros textuais que circulem em ambientes digitais tais como: e-mail, site, MSN, Skype, chat, blog etc.
A cada dia é mais difícil se encontrar pessoas sem letramento digital algum. Mesmo as pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de lidar com computadores têm informações sobre sites e e-mails, tem celular e utilizam os caixas eletrônicos – equipamentos que compõem o universo digital. Os ambientes digitais oferecem aos seus usuários infinitas possibilidades de participação social, de trabalho e pessoal. As pessoas precisam ser letradas digitalmente para usufruírem dessas oportunidades, e exercerem assim, sua cidadania de forma plena.
A escola é um importante agente na formação de pessoas que vão se beneficiar dos ambientes digitais. Isso acontece quando a escola oferece a toda a comunidade a oportunidade de utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, como instrumento de leitura e escrita relacionadas às práticas educativas e às práticas sociais. Baseada no conceito de letramento digital, a escola pode desenvolver ações focando três eixos complementares, tais como: a) pesquisar na internet; b) publicar na internet; e c) comunicar-se digitalmente.
O letramento digital
considera a necessidade dos indivíduos dominarem um conjunto de informações e habilidades mentais que devem ser trabalhadas com urgência pelas instituições, a fim de capacitar o mais rápido possível os alunos a viverem como verdadeiros cidadãos neste novo milênio cada vez mais cercado por máquinas eletrônicas e digitais (XAVIER, 2002)[7].

Conforme o que dizem e/ou o que pensam as autoridades desse novo modelo de aprendizagem, é urgente que se reflita sobre esse recente desafio pedagógico que se apresenta para os educadores, que é o de letrar digitalmente uma nova geração de aprendizes – a geração homo zappiens. Lembrando Paulo Freire “a escola deve mudar para acompanhar o seu tempo, o tempo presente”. Ela precisa compreender que a sua missão não é só ensinar, mas também proporcionar ao educando aprendizagens de competências e habilidades que lhe integre num contexto sócio-tecnológico global.
A geração do ciberespaço não aceita mais a pedagogia centrada no professor; a pedagogia da absorção passiva, do trabalho individual, do professor “sabe tudo”, do ensino estático, do aprendizado predeterminado, da linearidade. Agora é tempo do aluno ativo, da participação e colaboração, do professor articulador, do ensino dinâmico, da não-linearidade, do aprender a aprender. E a melhor maneira de se fazer essa nova pedagogia é levando sua aula na mochila para onde for.
No estudo realizado sobre letramento digital, há autores que chamam atenção para dois tipos de letramento: o letramento alfabético e o letramento digital. Assim sendo, a principal condição para a apropriação do letramento digital é o domínio do letramento alfabético pelo indivíduo. O “novo” letramento depende do “velho”. É lógico que se o sujeito não for letrado alfabeticamente, encontrará dificuldades em se letrar digitalmente. A diferença é que, o alfabético tem suporte físico (papel, livro, etc.) e o digital tem como suporte a tela.
Parafraseando Xavier, pode-se concluir que o letramento digital realiza-se pelo uso intenso das novas tecnologias da informação e da comunicação e também pela aquisição e domínio dos diversos níveis de gêneros digitais e que o mesmo parece satisfazer as exigências dos que acreditam na sua funcionalidade e utilidade; e atende aos que postulam o desenvolvimento da capacidade analítica e crítica do cidadão como objetivo maior da aquisição de qualquer tipo de letramento.
6 OS RECURSOS DIDÁTICOS E O NOVO PARADIGMA DA EDUCAÇÃO

Até pouco tempo um cartaz de pragas, um álbum seriado, um cartaz de cartolina com gravuras e frases coloridas, um retroprojetor, etc. chamavam muito atenção dos alunos em sala de aula. Hoje o mundo deles é outro. As novas tecnologias fazem parte do seu dia-a-dia. Em todos os lugares frequentados por eles elas estão presentes. Nos shoppings, nos restaurantes, nas clínicas de saúde, nos bares, nas boates, dentro dos carros, em casa, em toda a sua circunferência de ação estão presentes as novas tecnologias. Pergunta-se:
Teria ainda graça as salas de aula continuarem com as velhas tecnologias? O computador, o data show, o tablet, o iPad, o iPod, o iPhone e outros instrumentos tecnológicos estão facilitando a vida de todos, por que não utilizá-los como material didático?  Por que não facilitar a vida do professor e dos alunos no processo de ensino e de aprendizagem? Por que não aproveitar esses instrumentos ao invés de reclamar constantemente que os alunos utilizam, por exemplo, o celular em sala de aula? Não seria mais interessante utilizá-lo como material didático? Por exemplo, pedir que o aluno acesse, em seu iPhone, a internet em busca de um conhecimento na área de História, ou de qualquer outra disciplina?
Teoricamente, todo professor é capaz de ter bem claro em mente essas respostas, pois não existe alguém mais bem preparado do que ele para decidir sobre os objetivos propostos, juntamente com o aluno, e desenvolver competências e habilidades requeridas pelos conteúdos sistematizados para o curso que está trabalhando com os seus alunos. O cuidado maior que se deve ter é em se saber realmente se o novo recurso vai mesmo acrescentar algo mais na formação, não somente cognitiva do aluno, mas, sobretudo, na formação cidadã desse sujeito que a escola pretende auxiliar.
Todas as etapas de preparação e desenvolvimento de uma aula o professor já conhece e lhes são cotidianas: planejamento, execução e avaliação; o que se deve agora acrescentar é se a presença do data show, por exemplo, gerou ou não impacto no aluno e se esse impacto veio lhe auxiliar na aprendizagem. O professor tem que se preocupar em se o data show está fazendo a diferença na sala de aula ou se apenas ele está sendo substituído pela lousa. Saber se mudou a metodologia ou se é apenas mais um recurso que pode nem ser didático.
O aluno de hoje não tem mais nenhuma atração por tecnologias ultrapassadas; o novo lhe é peculiar e a escola tem que procurar se adequar a essa nova realidade. Ela tem que modificar o seu currículo, porque o mundo mudou! E como utilizar, na prática, esse recurso? Tanto o professor de Geografia como de qualquer outra disciplina pode usar, com seus alunos o Google e/ou a Wikipédia, ou outros recursos da internet para ilustrar as suas aulas e torná-las mais interessantes.
É sabido que o professor pode fazer tudo isso sem o data show, porém ele poderá fazê-lo bem melhor usando esse recurso. Ele encontrará diversos vídeos e músicas da época no Youtube; e encontrará também publicações de jornais e revistas da época em sites na internet. O data show é um recurso que dá um leque bastante grande e variado de possibilidades de aprendizagem. Mas, na maioria das escolas falta esse recurso.
O MEC (Ministério da Educação) está inserindo nas escolas da rede oficial brasileira o sistema operacional Linux Educacional, através do qual o professor pode trabalhar com os seus alunos várias atividades, abrangendo conhecimentos de várias disciplinas. Utilizam-se nesse sistema operacional vários softwares educativos como jogos, produções textuais, desenhos etc. Todas essas atividades fazem com o aluno aprenda, com prazer e brincando, os conteúdos programáticos do currículo escolar.
Mas, não é só o data show; podem ser utilizados também em sala de aula o celular – do mais simples ao mais avançado; o tablet, a televisão, a calculadora e outros instrumentos tecnológicos que fazem parte da vida dos jovens e crianças da geração “futuro”. O que falta é a escola compreender que o aluno aprende conforme o seu interesse pelo conteúdo a ser aprendido e, o tamanho do interesse do aluno é o tamanho do recurso didático que lhe incentive a aprendizagem.
7 A SALA DE INFORMÁTICA


                      As salas de informática passaram a se instalar nas escolas brasileiras, públicas e privadas a partir dos anos 1990. Mas, até mais ou menos o ano 2000, no Maranhão, funcionavam apenas para aulas de informática. Não havia projetos com objetivos interdisciplinares e/ou de letramento digital. Hoje, já existe, em pequena escala, blogs pedagógicos onde são trabalhas webquests e até mesmo hipertextos. A maioria, no entanto, é utilizada ainda apenas para aulas de informática, o que traz pouco resultado na aprendizagem dos conteúdos curriculares.
O professor ainda é uma figura ausente na sala de informática. Os alunos em geral fazem pesquisas aleatórias, sem nenhum objetivo e sem orientação do professor. É evidente que a presença do professor na sala de informática aumenta o leque de possibilidades para que haja uma melhor atuação pedagógica do aluno, juntamente com o professor. Ao propor uma pesquisa aos alunos e se dispor a acompanhá-los na sala de informática, o professor pode avaliar a qualidade, a pertinência e eficácia das informações encontradas nos vários sites pesquisados.
Estando o professor presente no momento da pesquisa do aluno, ele pode fazer interferências, corrigir, acrescentar, modificar, opinar e, sobretudo, ele pode aprender mais ou intensificar a sua própria aprendizagem sobre o conteúdo que está sendo pesquisado. Mas, para isso o professor tem que ser autêntico e competente, para aceitar que o aluno pode manusear com o computador muito melhor do que ele.
Ao planejar as atividades a serem desenvolvidas na sala de informática, o professor não deve fazê-lo sozinho e sim com o auxílio dos alunos. Por que essa preocupação? Todo planejamento participativo é democrático e divide responsabilidades. A escola é lugar de se fazer cidadania e não de se produzir autoritarismo. Quando alguém participa de um planejamento sente-se responsável por parte do resultado de cada ação pensada e proposta nele.
Os alunos irão adorar estarem executando uma ação da qual eles participaram como planejadores: são sujeitos executores e serão sujeitos avaliadores. Assim fica bem mais fácil de o professor avaliar o desempenho da turma; e para eles é muito importante, pois ficarão cientes do que fizeram, do que estão fazendo, do resultado alcançado, e porque alcançaram, ou não, os objetivos propostos na ação.
Quanto à aprendizagem colaborativa, é excelente que o professor se disponha a incentivar essa prática na sala de informática porque, considerando que o professor geralmente tem menos habilidades com o computador do que os alunos, e que entre eles há os que são mais e os que são menos habilidosos, é óbvio que se devam organizar os grupos de maneira que os que conhecem mais o computador e os softwares, ajudem os que tem poucas habilidades com o equipamento e saibam assim  melhor responder às perguntas específicas.
O professor também deve usar recursos da Web 2.0 de maneira compartilhada com seus alunos; trocar e-mails com eles; bater papo no MSN; participar de comunidades do Orkut, de grupos do Yahoo e Google; manter um blog compartilhado; usar materiais e recursos da Rede; e propor atividades on-line, sincrônicas e assincrônicas. Para esse professor o laboratório de informática deixa de ser um ambiente extraclasse e passa a ser uma extensão da sala de aula, o local onde professor e aluno vão realizar a prática dos conteúdos discutidos em sala de aula.

8 POSTURA DO PROFESSOR FRENTE AO EMERGENTE PARADIGMA DA EDUCAÇÃO: O COMPUTADOR NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM

Poder-se-ia perguntar: Que papel tem o professor hoje? Jamais se poderá deixar de pensar sobre as necessidades do professor; que conhecimentos e práticas tem esse professor para utilizar o computador; e que linha pedagógica ele segue. Sim, porque não é simplesmente substituir o quadro de giz pelo computador e o Data show, mas, sobretudo saber fazer uso desses instrumentos numa linha pedagógica que enfatize a pesquisa, a autobusca do conhecimento, orientação para a cidadania e, especialmente, para a prática da ética.  Nóvoa (2011, p.13) em sua recente obra “O Regresso dos Professores”, afirma:
Nos últimos anos, houve uma expansão sem precedentes da comunidade da formação de professores, em particular dos departamentos universitários na área da educação, dos especialistas internacionais e também da ‘indústria do ensino’, com os seus produtos tradicionais (livros escolares, materiais didáticos, etc.) acompanhados agora de uma panóplia de tecnologias educacionais.

Lembrando ainda Nóvoa (2011, p.19),
muitos programas de formação contínua tem-se revelado inúteis, servindo apenas para complicar um quotidiano docente já de si fortemente exigente. É necessário recusar o consumismo de cursos, seminários e ações que caracterizam o atual “mercado da formação” dos professores. A única saída possível é o investimento na construção de redes de trabalho coletivo que sejam o suporte de práticas de formação baseadas na partilha e no diálogo profissional.

O autor deixa claro nas entrelinhas que essas formações são mais uma ação capitalista. Vendem-se os cursos, vendem-se os livros e materiais didáticos, por trás da cortinha chamada formação de professores.  Conforme ele “há também um paradoxo em se falar muito dos professores e da escola, mas os professores não falam. Há uma ausência dos professores, uma espécie de silêncio de uma profissão que perdeu visibilidade no espaço público” (NÓVOA, 2011, p.19).
Concluindo o seu texto, o autor lembra que [...] o trabalho de formação dos professores deve estar próximo da realidade escolar e dos problemas sentidos pelos professores. É isto que não temos feito (ANN LIEBERMAN, 1999. apud NÓVOA 2011, p.20).
Mas, nunca é tarde para começar, e agora é a hora dos professores. É preciso começar. O profissional da educação e mais especificamente o decente, deve saber e até concordar que o futuro do professor é bem diferente do presente. E esse futuro está advento. Estão pousando na escola as novas tecnologias. O professor tem que eliminar as barreiras do autoritarismo, do saudosismo, da fragmentação do saber, da não contextualização do ensino. Esse é o caminho para adentrar ao “novo paradigma da educação”: a inserção do computador na escola.
Ainda citando Nóvoa, na tentativa de organizar um perfil para o bom professor (ou o novo professor?) enumera cinco itens: 1) O conhecimento 2) A cultura profissional; 3) O tato pedagógico; 4) O trabalho em equipe; 5) O compromisso social.
A escola futura não precisa dispensar o professor, mas para não ser dispensado ele terá que aderir às novas exigências da sociedade que se avizinha. Terá que ser um professor aberto às mudanças e principalmente que tenha o espírito de pesquisa. Para adotar em sua práxis pedagógica o uso do computador, o professor deve observar em sua metodologia cinco itens, a saber:
1.     Ênfase na autonomia do aluno, quanto a sua própria aprendizagem;
2.     Exploração de todas as possibilidades do material didático;
3.     Domínio das ferramentas de interação e das várias modalidades tecnológicas de informação e comunicação;
4.     Conhecimento dos vários processos de interação e mediação;
5.     Disponibilidade para a comunicação diferenciada no espaço e no tempo.
Esse professor estará, sim, estribado de conhecimento e de competência para mediar a pesquisa, a construção do conhecimento do aluno. Ivani Fazenda (2005, p15-16), em sua magnífica obra Didática e Interdisciplinaridade, comenta que o professor hoje tem que ter uma postura interdisciplinar e que, dentro dessa postura ele deve ter cinco competências: intelectiva, intuitiva, prática e emotiva. Mas, além dessas, ele deve ter a competência de orientar o seu aluno no ciberespaço.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de inserção das novas tecnologias na educação acontece com o apoio dos Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTEs), dotados de infra-estrutura de informática e comunicação que reúnem educadores e especialistas em informática educativa.
Os profissionais que trabalham nos NTEs. são especialmente capacitados para auxiliar as escolas em todas as fases do processo de incorporação das novas tecnologias. Portanto, o NTE é o parceiro mais próximo da escola no processo de inclusão digital, prestando orientação aos diretores de escolas, professores e alunos, quanto ao uso e a aplicação das novas tecnologias, bem como no que se refere à utilização e manutenção do equipamento.
Existem, no Estado do Maranhão, 14 (catorze) NTEs.[8] distribuídos nas seguintes Unidades Regionais de Educação: São Luis – Capital do Estado – (03); Balsas (01); Bacabal (01); Santa Inês (01); Barra do Corda (01); Imperatriz (01); Caxias (01); Timon (01); Presidente Dutra (01); São João dos Patos (01); Itapecuru-Mirim (01); e Pinheiro (01).
O laboratório de informática do NTE é um patrimônio que beneficia toda a comunidade do seu entorno e o NTE é um agente colaborador. Sua função é orientar o uso adequado desses instrumentos, para promover o desenvolvimento humano, não apenas na escola, mas em toda a comunidade, otimizando os resultados.
O Estado do Maranhão possui 828 (oitocentos e vinte e oito) escolas das redes públicas estaduais e municipais dotadas de laboratórios de informática, atendendo as clientelas dos níveis de ensino fundamental e médio, que são capacitadas e acompanhadas pelos NTEs. Através do Proinfo, os professores participam do Curso de Introdução à Educação Digital (40 horas) e o Curso de Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TICs. (100 horas).
Os cursos pretendem ampliar a aprendizagem sobre mídias e tecnologias, manejo do computador e de alguns softwares no Linux Educacional e ainda, a busca de possibilidades de aproveitá-lo no cotidiano e na prática pedagógica. Essas atividades estão sendo cumpridas em regime de cooperação e colaboração entre as instâncias: União, Estados e Municípios. 
Tutóia conta com um sistema de ensino público municipal e apenas duas escolas privadas. Estas últimas são de ensino fundamental. Existem em Tutóia também quatro escolas de ensino médio, de dependência administrativa do Estado.
O sistema de ensino público municipal é formado por uma secretaria de educação, um conselho municipal de educação e uma rede de escolas de educação infantil e de ensino fundamental. A rede possui 86 (oitenta e seis) escolas. Nelas são distribuídos 16.224 alunos, com 897 professores, 95 auxiliares de turmas e 30 monitores de programas educacionais[9].
O currículo escolar adota uma grade curricular com a base nacional comum e a parte diversificada (Lei nº 9394/96). Em sua parte diversificada, além da História e da Geografia do Maranhão, está também o componente curricular Informática.
Já existem em funcionamento 22 laboratórios de informática. Dessas 22 escolas apenas duas tem em funcionamento projetos com a metodologia webquest. O Colégio Presidente Castelo Branco foi o pioneiro lançando o projeto “Avançando na Construção do Saber”. Em seguida o Colégio São Judas Tadeu lançou o Projeto “Letramento Digital”. Está previsto para o ano 2013 a implantação dessa metodologia em todas as escolas da sede do Município.
Dos programas oferecidos pelo MEC, com parceria do Município, Tutóia possui: Brasil Alfabetizado, Programa Escola da Terra, Mais Educação, Escola Aberta, Caminho da Escola, Proinfo, Salas de Recurso (educação especial), Programa de Alimentação Escolar, Programa do Livro e Projovem Trabalhador.
Tutóia ainda conta com ensino superior, através da extensão da Universidade Federal do Maranhão, da Faculdade do Maranhão e da Universidade Estadual do Maranhão. Outros Institutos de Ensino Superior atuam em Tutóia com cursos de pós-graduação e de especialização.
Os professores da rede municipal são quase todos graduados em pedagogia ou licenciaturas; e alguns são especialistas e/ou pós-graduados. A maioria é admitida através de concurso público que é realizado de quatro em quatro anos. Alguns são contratados (contratos anuais) para preenchimento de vagas, em situações emergenciais.
Não existem em Tutóia professores formados em informática, o que existe são técnicos em informática que trabalham nos laboratórios de informática dando apoio aos alunos nos horários determinados pelas escolas para pesquisas na internet ou mesmo para ensinar os alunos como manusear o computador.
O sistema operacional utilizado nesses computadores é o Linux, que traz alguns softwares educativos para serem trabalhados nas salas de aula. Esses softwares ainda são muito pouco utilizados por falta de professores habilitados. Esporadicamente alguns alunos os utilizam no laboratório de informática com auxílio do técnico.
Existem duas bibliotecas na cidade de Tutóia: a Biblioteca Municipal e o Farol da Educação. Ambas são utilizadas pelos alunos, pelos professores, por acadêmicos das faculdades e por outras pessoas da comunidade. Os acervos dessas bibliotecas ainda são pequenos, mas são muito úteis para as pesquisas dos alunos que as frequentam de vez em quando.
Contudo, no Maranhão o processo de inserção das novas tecnologias na escola ainda é incipiente; e Tutóia ainda engatinha, pois das 16 escolas da amostra apenas duas funcionam com projetos pedagógicos: uma com o “o Projeto Avançando na Construção do Saber” e a outra com o “ Projeto Letramento Digital, nos quais são desenvolvidas atividades de webquest e de publicação de trabalhos de produção textual e artes, respectivamente.
Configura-se, então, a certeza de que as novas tecnologias precisam ser imediatamente inseridas, de forma efetiva, nos diversos espaços escolares. Mas a comunidade educacional deve planejar bem essa nova forma de estar da escola, pois o uso do computador e de outras ferramentas tecnológicas na escola por si só, não garantem o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Precisa-se de: políticas educacionais que atendam as novas exigências da sociedade atual, boa gestão escolar e formação continuada de professores no âmbito das novas tecnologias na educação e novas metodologias.



REFERÊNCIAS

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[1] Pedagoga e especialista em Supervisão Escolar pela Universidade Federal do Maranhão; licenciada em Filosofia e Ciência da Religião pela Faculdade Teofilopedagógica do Maranhão; Pós-graduada em Ciências Humanas pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF; Mestra em Ciências da Educação pela universidade San Lorenzo (Assunção – Paraguai); Professora de ensino fundamental, médio e superior.
[4] Dotado de elementos verbais, imagéticos e sonoros.
[5] VEJA - revista brasileira de grande prestígio
[6]< http:/saladosprofessores.ning.com/page/conectivismo-1> Acesso em:10/04/2012.
Iki.papagallis.com.br/GeorgeSiemenseoconectivismo. 
[8] Informação do dia 07 de fevereiro de2012.
[9] Dados da Secretaria Municipal de Educação – abril de 2012.