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Este blog tem por objetivo mostrar meu trabalho em sala de aula, trocar experiências com professores e alunos e receber sugestões metodológicas, exemplos de projetos pedagógicos, etc.

quarta-feira, 18 de março de 2015

PNAIC/TUTÓIA



FALA DO VÍDEO DE ABERTURA DO SEGUNDO DIA DO SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO (NOS POLOS)
Professora Zezeh 

Companheiros professores, queridos pais e mães dos alunos do ciclo de alfabetização, estimados amigos desta Comunidade, sejam todos bem vindos ao Seminário de Encerramento do PNAIC/Projeto 2014.
Queridos pais, o PNAIC é um pacto nacional pela alfabetização na idade certa. Esse pacto foi celebrado entre Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal, para juntos, governo e sociedade, alcançarem a meta de alfabetizar todas as crianças brasileiras até, pelo menos, oito anos de idade.
Somos uma família: a família do “TODOS PELA EDUCAÇÃO”.
Aos oito anos de idade, as crianças precisam ter:
1.    A compreensão do funcionamento do sistema de escrita;
2.    O domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que dominem poucas convenções ortográficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfológicos mais complexos;
3.    A fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.
No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, quatro princípios centrais são considerados ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico:
1.    O Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;
2.    O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;
3.    Conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade;
4.    A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem.
Dentro dessa visão, a alfabetização é, sem dúvida, uma das prioridades nacionais no contexto atual, pois o professor alfabetizador tem a função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para exercer sua função de forma plena é preciso ter clareza do que ensina e como ensina. Para isso, não basta ser um reprodutor de métodos que objetivem apenas o domínio de um código linguístico. É preciso ter clareza sobre qual concepção de alfabetização está subjacente à sua prática.
 As Ações do Pacto apoiam-se em quatro eixos de atuação:
1.     Formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo;
2.    Materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais;
3.     Avaliações sistemáticas;
No Brasil, o PNAIC abarca os seguintes números de alfabetização:
·         Escolas com matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas – 108.733 escolas;
·         Turmas de 1º ao 3º ano e multisseriadas – 400.069 turmas;
·         Matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas - 7.980.786 alunos.
Tutóia, em 2013, o PNAIC abarcou:
·         Escolas com matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas –78 escolas;
·         Turmas de 1º ao 3º ano e multisseriadas – 209 turmas;
·         Matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas - 3.845 alunos.
·         Professores alfabetizadores – 209 professores;
·         Orientadores de estudo – 09;
·         Coordenador local – 01;
·         Polos de formação – 09.

Em 2014, Tutóia abarcou:
·         Escolas com matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas –79 escolas;
·         Turmas de 1º ao 3º ano e multisseriadas – 234 turmas;
·         Matrículas de 1º ao 3º ano e multisseriadas – 3.509 alunos.
·         Professores alfabetizadores – 234 professores;
·         Orientadores de estudo – 09;
·         Coordenador local – 01;
·         Polos de formação - 09

Conforme dados coletados no SISPACTO, a ANA – Avaliação Nacional da Alfabetização – no ano de 2013, o nosso nível de excelência foi bem pequeno: 2,53% em leitura, 5,89% em Matemática, e 15,83% em escrita. Este foi o diagnóstico do início do Projeto em Tutóia. Ainda não temos o resultado da ANA/2014, que deve ter havido um pequeno avanço, a julgar pelo que se pôde observar durante o ano nas salas de aula, acompanhando o comportamento didático dos professores.
A partir de abril deste ano esse resultado deverá ser publicado e aí sim, poderemos fazer um comparativo dos 2 anos de PNAIC em Tutóia. O que eu posso lhes dizer agora é que os professores estão cada vez mais preparados para o processo de alfabetização e  letramento das crianças do Ciclo de Alfabetização.
Os mesmos professores já fizeram o Curso de Linguagem e estão encerrando agora o Curso de Matemática. Esses dois cursos foram muito bons, de boa qualidade e trouxeram muitos conhecimentos, principalmente didáticos, para suas práxis pedagógicas.
As crianças estão em boas mãos. Os professores alfabetizadores e a gestão da escola estão usando os melhores recursos para que as crianças consigam internalizar os Direitos de Aprendizagem de Linguagem, de Matemática e dos outros componentes curriculares. As brincadeiras, os jogos, as maquetes, os painéis e outras atividades elaboradas pelas crianças com a mediação dos professores, trazem em seus bojos, objetivos que conduzem à aprendizagem, ao conhecimento de si mesmo e à sua cidadania.
Portanto, não duvidem - queridos pais - dessas atividades. Não pensem que elas são apenas brincadeiras; elas são, sobretudo, elementos para uma aprendizagem significativa. Ao elaborar uma tabela a criança está aprendendo Matemática; ao saber consultar um relógio, a criança está internalizando um conteúdo de Matemática; ao construir um calendário ela está também aprendendo Matemática. Ao falar bem e ao ouvir bem a criança está aprendendo a se comunicar; ao falar sobre o processo de germinação de uma semente ela está aprendendo ciências; e assim por diante.
Não se enganem queridos pais, todos os conteúdos trabalhados na escola são sistematizados e planejados com o intuito de que a criança aprenda. O papel do professor é mediar esse conhecimento. Ele está para ajudar a criança entre o que ela já sabe e o que ela tem potencialidade para aprender.
Amigos professores, vocês são o referencial da capacidade de aprendizagem dos seus alunos. Vocês ocupam uma posição privilegiada em relação à construção das suas identidades; auxiliam os seus alunos a construírem o reconhecimento de si mesmos como pessoas capazes de aprender.
Continuemos a luta. Não somos detentores do saber; não estamos prontos e acabados. Estamos ainda no meio do caminho. Ainda temos muitos desafios pela frente. Que venha Ciências! Já iniciamos o trabalho da interdisciplinaridade. Vamos aprimorá-lo. Em março vamos ter um encontro de planejamento. Vamos selecionar os Direitos de Aprendizagem de Linguagem, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes e vamos trabalhar a interdisciplinaridade com temas da realidade dos nossos alunos.
E quais seriam esses temas? Temas polêmicos e problematizadores como, por exemplo: água, energia, ecologia, desenvolvimento sustentável, etc. Esses temas servirão de eixos coordenadores das disciplinas – Direitos de Aprendizagem. Somos capazes; vamos trabalhar de equipe. Vamos juntar esforços para mudar a nossa escola, a nossa performance pedagógica, a nossa imagem na sociedade.
Somos formados professores, educadores. Juntos, todos pela educação!
Muito obrigada pela atenção de vocês! Tenham todos um bom trabalho!

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