ERUPÇÃO DO AMOR
O
sol – águia do além – seu moribundo grito
De
asas tintas de luz, soltava aos quatro ventos,
Enquanto
o velho mar – o beduíno aflito
Do
amor – mandava aos céus os mais cruéis lamentos...
E
tu surgiste, assim, aos olhos meus sedentos,
Vestida
de esplendor das luzes do infinito,
Enchendo-me
de fogo os versos em rebento,
Com
as explosões de Amor do teu olhar bendito.
No
dilúvio de luz da tarde que morria,
Boiava
no teu corpo a oriental magia
E
o divinal poema ebúrneo dos escolhos...
E
eu vi naquele instante, apaixonadamente,
Quando
dobrava o sol a esquina do ocidente,
O
Vesúvio do Amor fervendo nos teus olhos!
Soneto de Almeida Galhardo - extraído do livro O POETA DAS GAIVOTAS - de autoria de José Carlos Ramos.
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