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Este blog tem por objetivo mostrar meu trabalho em sala de aula, trocar experiências com professores e alunos e receber sugestões metodológicas, exemplos de projetos pedagógicos, etc.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015



O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um programa que está operacionalizando a Meta 5 do Plano Nacional de Educação: “alfabetizar todas as crianças brasileiras até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental”.  É um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos Estados e Municípios.
O Programa considera como princípios ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico:
1) O sistema de escrita alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;
2) O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e as situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;
3) Conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriadas pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade;
4) A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem.
O PNAIC tem como eixo principal a formação continuada de professores alfabetizadores. O Ministério da Educação entende que só assim o ensino pode dá um salto de qualidade. O processo de formação é feito a partir da formação dos Orientadores de estudos que a repassam para os professores, coordenados pelo Coordenador Local de cada município.

2.2 Legislação

O PNAIC, para operacionalização da sua política no País, dispõe de um rol de leis, resoluções, medida provisória e portarias, saber:
·         Lei 12.801, de 24 de abril de 2013 – Conversões da Medida Provisória 586, de 2012, que dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e altera as Leis nºs 5.537, de novembro de 1968, 8.405, de 9 de janeiro de 1992, e 10.260, de 12 de julho de 2001;
·         Lei 11.273, de 6 de fevereiro de 2006 – que autoriza a concessão de bolsas de estudo e de pesquisa a participantes de programas de formação inicial e continuada de professores para a educação básica;
·         Resolução/CD/FNDE nº 4, de 27 de fevereiro de 2013 – que estabelece orientações e diretrizes para o pagamento de bolsas de estudo e pesquisa para a Formação Continuada de Professores Alfabetizadores, no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa;
·         Resolução/CD/FNDE nº 12, de 8 de maio de 2013 – que altera dispositivos da Resolução CD/FNDE nº 4, de 27 de fevereiro de 2013, que estabelece orientações e diretrizes para o pagamento de bolsas de estudo e pesquisa para a Formação Continuada de Professores Alfabetizadores, no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa;
Toda esta legislação está disponível no site do MEC[1]para qualquer pessoa acessar e tomar conhecimento.
2.3 Operacionalização do Programa no Município
A operacionalização no Município começa pela adesão. A Secretária de Educação faz a adesão, assina o contrato de parcerias e indica o Coordenador Local. Este, por sua vez, seleciona os Orientadores de Estudo e os insere no SISPACTO (Sistema de Monitoramento do PACTO).
A inserção dos Professores Alfabetizadores é feita também pelo Coordenador Local que utiliza a lista de professores registrados no Censo do ano anterior. O professor não registrado no Censo poderá ser incluso mediante documento comprobatório de vínculo com a Secretaria de Educação.
Então começa o processo de formação dos Orientadores de Estudo e dos Professores Alfabetizadores. A formação é continuada e em cada etapa dela são apresentados os resultados do trabalho desenvolvido em sala de aula e nas visitas dos Orientadores de Estudo e do Coordenador Local às escolas.
No Maranhão a formação é realizada pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA, que também realiza encontros com os Coordenadores Locais concomitantemente à formação dos Orientadores de Estudo. Esses também apresentam relatórios dos resultados alcançados, das dificuldades e da frequência das formações realizadas nos municípios.
Os Professores recebem uma bolsa de estudos de 200 reais mensais; os Orientadores de Estudo e o Coordenador Local também recebem uma bolsa, essa de 700 reais.
Em 2013 a Rede Municipal tinha 3.700 alunos no ciclo de alfabetização. Detectou-se, durante a pesquisa, uma situação preocupante: o número de alunos desse ciclo foi diminuindo a partir de 2012.
 De 2013 para 2014, compreende-se que a diferença seja em função da matrícula de 2014 que ainda está sendo alterada, pois algumas famílias deixam para matricular os seus filhos já no mês de abril. Resta saber a causa da diminuição da matrícula de 2012.
Para trabalhar o letramento os professores montaram nas salas de aula[2] os cantinhos de leitura, com a finalidade de oferecer aos alunos um ambiente de letramento. Nesses continhos estão além dos kits recebidos do MEC, também gravuras, jogos, rótulos de produtos de supermercados, bulas de remédios e outros materiais que possam ser utilizados para leitura verbal e não verbal.

3 CONCLUSAO

Os dados coletados na pesquisa demonstraram a real situação da execução do PACTO no ano de 2013 no Município de Tutóia.
Há um dado muito positivo que é o fato de 98% dos professores deste ano ter sido professores do ano 2013. Isto porque este ano o eixo da formação é Matemática e eles já tem a formação de Linguagem. Desta forma, facilita o trabalho de planejamento, acompanhamento e avaliação.
Por ter sido o primeiro ano do PACTO, 2013 foi um ano que apresentou poucos resultados de bom desempenho dos alunos, mas pelas respostas dos professores e dos gestores e pela observação realizada, a equipe do PACTO em Tutóia está consciente do seu trabalho.
Falta, no entanto, muito ainda a fazer, pois as famílias precisam interagir com a escola nesse processo de alfabetização e letramento dos seus filhos.
Quanto ao despreparo da escola para tratar com os alunos deficientes, mencionado pelos gestores, há que se refletir sobre a necessidade dos agentes educacionais estudarem os documentos existentes respeito de Educação especial e inclusão escolar e social.
Outro ponto positivo foi apontado pelos gestores, quando 70% deles colocou como avanço do PACTO na escola o aumento da assiduidade do professor.
O espelho desse diagnóstico aponta pistas para se planejar novas estratégias para as novas ações do PACTO em Tutóia.




REFERÊNCIAS

BRASIL. Planejando a Próxima Década: conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Ministério da Educação – Brasília.
BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Cadernos  do Curso Competências Basicas/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 4. Ed. atual. Brasília: FNDE, 2013.



[1]Pacto. mec.gov.br
[2] Nas escolas que possuem espaço físico foram montados espaço de leitura.

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