Oi gente!
Hoje quero dizer a vocês da
experiência que estou vivendo nesta pandemia.
Dia 10
passado – dia das mães – uma das minhas filhas amanheceu com Covid19. O susto
foi grande; chorei. Pensei: como vou enfrentar este problema sozinha? Lembrei-me
do meu saudoso marido que poderia estar junto comigo nessa empreitada, mas logo
me veio a resposta: talvez fosse pior, pois ele era portador de algumas
morbidades. Levantei a cabeça e tomei posse de uma força interna que me surgiu naquele
momento. E comecei a luta. Organizei a casa mudando tudo. Ela começou a tomar a
medicação e ficou isolada num quarto com banheiro exclusivo e tudo descartável,
até mesmo a roupa. Passamos a nos comunicar pelo celular. Ela só abre a porta
do quarto para receber a alimentação: dieta rígida. Conversamos muito. A minha
preocupação é não deixar que a imunidade dela baixe. Está dando certo. E eu? O que
fazer para ocupar a mente e afastar a tristeza e o desânimo? Elaborei uma
estratégia: escrever. Estou reescrevendo o livro Perfis Acadêmicos, escrevendo
o livro do terceiro encontro dos ex-galhardenses, e organizando o lançamento do
quarto livro de José Carlos (meu saudoso marido) para depois da pandemia. Faço também
exercício físico todas as noites. Exercito também a respiração. Não posso dizer
que está sendo fácil, mesmo porque tenho outro problema: a minha outra filha
que é esquizofrênica e que não entende porque não pode conviver fisicamente com
a irmã que está doente. Tudo isso é muito difícil, mas se você conseguir
incorporar essa força interna que você tem, poderá enfrentar com saúde mental a
pandemia. A minha paciente já está sem nenhum sintoma; já fez exame para
verificar se o vírus ainda está ativo. Vai receber o resultado amanhã. Se tudo
correr bem, amanhã mesmo ela sairá do isolamento e passará a frequentar
normalmente as outras dependências da casa. Tenho que agradecer a Deus, à
Ciência e aos amigos.
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